segunda-feira, 16 de julho de 2007

Papel digital e suas peripécias

Ele é o futuro. Enquanto pensamos que nosso bom e velho papel é insubstituível, facilmente essa teoria é quebrada com tecnologias, como a máquina digital, que faz com que não revelemos mais todo um filme, e sim de umas 5 a 10 fotos no máximo,isto quando as mesmas não ficam apenas em uma pastinha no computador e nos álbuns virtuais.

O jornal, que ainda solta tinta nas mãos e tem cheiro forte, cada vez mais é lido on-line, e já existem as assinaturas virtuais. Com as revistas é a mesma coisa. Raramente imprimimos; salvamos o que mais nos interessa numa pasta e ela fica lá para pesquisa.

Não, não fazemos a previsão que o papel acabará em 5 anos, mas ao contrário. A previsão era que, com o “advento” da internet, o uso do papel cairia para 1/3 do usado antes. Tal previsão, porém, foi um erro, porque não se esperava que as pessoas imprimissem os e-mails de trabalho para terem como arquivo. O jornal ainda é assinado no mundo real e a revista também. Gostamos de folhear as páginas e ler o que vai ter de bom para fazer no fim-de-semana na revistinha de sexta.

Em 2005, a Fujitsu anunciou o lançamento do "e-paper" para 2006/2007, que receberá imagens usando tecnologia wireless (sem fio). De acordo com a empresa japonesa, o "papel digital" terá um dispositivo de memória capaz de mostrar continuamente a mesma imagem, e não precisará de eletricidade para funcionar.

Além do mais, a imagem transferida para o papel não perde qualidade de resolução quando ele for curvado ou enrolado. Textos e imagens serão transferidos de computadores e celulares diretamente para o "e-paper", sem a necessidade de conexão de cabos.
Essa tecnologia de display utiliza milhões de cápsulas microscópicas preenchidas com pigmentos claros e escuros que se tornam visíveis (ou invisíveis) quanto ativados por uma corrente elétrica. De acordo com o nível da corrente elétrica, os pigmentos mudam de posição dentro das cápsulas, formando imagens visíveis na superfície do “e-paper”.

Os papéis serão recarregáveis e podem ser usados como cardápios, embalagens, entre outras funções. Eles poderiam ser atualizados sempre que houvesse a necessidade, além de mostrar imagens diferentes e mais atraentes.

Atualmente, já existem algumas versões do papel digital. Na Europa, alguns jornais ("De Tijd", da Bélgica, por exemplo) já começaram a testar suas versões digitais enviadas através da Internet e visualizadas em "display plástico". A partir da tecnologia de "display plástico", tornou-se possível publicar qualquer conteúdo de texto ou até mesmo vídeos.
A Philips mostrou o protótipo de um "papel digital", na verdade uma pequena tela "rolável", que, quando enrolada, fica bem mais compacta. Tão interessante quanto isso é o fato de que a tela é fina como um papel comum e, assim como este, não emite luz, mas sim reflete, fazendo com que a sensação de ler seja praticamente idêntica. Não há cores e a atualização da imagem é bem lenta, mas mesmo assim não há dúvidas que esse tipo de dispositivo ainda vai substituir o papel comum na leitura de livros e revistas. As empresas responsáveis pela tecnologia prometem cores e maior resolução para os próximos anos.





















Também há o protótipo do papel que fala com a gente. As informações digitais estão inclusas no papel e podem ser acessadas pelo simples toque na área de uma tela. As informações são ouvidas através de um alto-falante impresso. Já pensou você pegar no cigarro e ouvir “O Ministério da Saúde adverte...” ou então tocar na capa de um cd e ouvir a música que quer enquanto lê o jornal?As possibilidades de uso para esta tecnologia são imensas. Em pontos turísticos e museus, os visitantes poderão obter informações audiovisuais sobre os locais e exposições com um simples toque no papel. A tecnologia poderá ser utilizada também em cadernos, livros e campanhas publicitárias. O principal desafio dos cientistas, porém, é diminuir os custos dessa tecnologia. De outro modo, a popularização se torna impossível e se torna mais um daqueles sonhos de consumo.


Referências:
http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1669066-EI4799,00.html
http://www.internext.com.br/index.phpoption=com_content&task=view&id=134&Itemid=99999999&limit=1&limitstart=1http://www.meiobit.com/computacao_movel/papel_digital_a_caminho
http://idgnow.uol.com.br/mercado/2007/06/05/idgnoticia.2007-06-05.2029959361
http://www.tnow.com.br/gadgets/cientistas-suecos-criam-papel-digital-interativo/

Um comentário:

Graci disse...

Ou seja, o e-paper, ou papel digital é uma das tecnologias mais "antigas" que vêm se tentando implacar e ainda não conseguiu devido a nossa necessidade ainda de nos apegarmos a alguma coisa "analógica" neste vasto mundo digital... A dúvida é: sera que desta vez vai? Ou será que vamos acabar acessando as informações por palmtops e smartphones ao invés de comprar algo em e-paper? A questão ainda está sem resposta, pois a cultura do papel ainda é muito forte em todas os setores!
PS: A análise no blog está excelente!