quinta-feira, 26 de julho de 2007

Sociedade pós-moderna


Modernismo: Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e imanentes, e que as pessoas deveriam se adaptar as suas visões-de-mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo.

Pós-Modernismo: Seria como uma espécie de Renascimento dos banidos e cassados pelo Modernismo racional. Esta modernidade teria terminado a partir do momento em que não podemos mais falar da história como algo unitário e quando morre o mito do Progresso.

O Modernismo é caracterizado pela divisão de classes sociais, onde o dinheiro era o que fazia essa divisão.Portanto é uma divisão bastante clara, onde quem tem determinado dinheiro pertence à classe X, e quem tem outro tanto de dinheiro pertence à classe Y. Também é caracterizado pela grande vontade de romper com o antigo, achar
que era obsoleto e não servia para nada, precisando assim modificar tudo e começar um novo tempo.

No Pós-modernismo temos uma divisão por classe cultural, onde é difícil precisar onde é o limite de cada classe. Em cada uma delas há mais subdivisões, criando, portanto, um novo jeito de se pensar as diferenças, além das sociais. Também é notória a volta à essência, não fazendo dela o presente, mas sabendo que ela não sai de nós, e não precisamos fazer sair, e sim saber conviver com o antigo e o atual.O professor de História Sevcenko nos diz com relação à sociedade pós-moderna que “o mundo vai se tornando cada vez mais imprevisível, irresistível e incompreensível. Não há na sociedade uma esperança para o futuro, nada podemos prever”. Afirmação chocante para nós que vivemos com informação atualizada a cada instante e pensamos que podemos evitar muitas coisas sendo bem-informados. Tanto é real o que o professor disse como o que aconteceu na terça passada, onde o avião da TAM se desmoronou porque algo não deu certo. Falha humana, problema técnico ou os dois juntos? Nunca poderíamos prever, e por mais que fosse o ideal, não foi o primeiro e nem vai ser o último acidente. Até quando teremos a sensação de onipotência, de pensar que tudo podemos e tudo temos ao nosso alcance?

A sociedade pós-moderna vive basicamente pela troca de informação, e chegamos a um ponto que quem paga mais por serviços, como internet, assinatura de revistas e celulares equipados, é que tem um diferencial perante os outros.Nossa individualidade é ressaltada enquanto temos que nos enquadrar em alguns grupos, se não, somos diferentes.

Podemos bem mostrar como o pós-modernismo é caracterizado por dualidades, como por exemplo: individualismo X tribos, essência X supérfluo, felicidade X tristeza (com relação ao consumismo) e muitos outros. São coisas que somos obrigados a conviver desde cedo, pois é uma conseqüência de tantas informações que recebemos desde o
momento que acordamos e ligamos o rádio ou a televisão. Recebemos informações das mais diversas, que passam de como cuidar de uma determinada raça de cachorro até
qual a melhor forma de montar uma rede de internet em casa. Temos que saber filtrar essas informações, e nesse caso, infelizmente a frase “less is more” (menos é mais) não é verdadeira.

Com esses dados conseguimos perceber que estamos em pleno pós-modernismo, e que vivemos intensamente esse tempo. Somos esse tempo e temos essas características. É saber dosar para chegarmos ao equilíbrio. E qual será o próximo “tempo”? Será que abriremos mão da tecnologia, será que todos conseguirão ter acesso à ela, será que receberemos informações de acordo com nossos gostos e interesses? Num mundo onde a informação corre por um fio bem estreito, cremos que logo logo saberemos a resposta.

Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo
http://www.espacoacademico.com.br/035/35eraylima.htm
http://www.klepsidra.net/klepsidra16/posmodernismo.htm

Um comentário:

Graci disse...

Excelente análise! Realiza uma comparação entre o Modernismo e Pós-Modernismo, contextualiza os acontecimentos recentes como o acidente da TAM e demonstra nossa limitação frente a toda esse velocidade desenfreada da convergência tecnológica e quantidade de informações.

Enfim, é uma época em que tudo é relativo, e os valores são revistos e adaptados conforme a situação. No entanto, isso não gera uma base segura para seres humanos saudáveis, fazendo com que se percam os referenciais e com isso a idéia do "certo" e "errado".

Há uma busca por respostas, enqto se está imerso num mundo desfragmentado e cheio de perguntas, que geram ansiedade e depressão em muitas pessoas.

E à medida que se analisa os aspectos com certa distância crítica, percebe-se que muitos fenomenos são repeticao de outras fases da historia - mesmo que a velocidade e complexidade sejam maiores.

Portanto, percebe-se que a sociedade sente a necessidade de criar referenciais seguros que permitam o resgate de valores básicos de ética, família e amizade.